Todos nós já ouvimos falar das mitocôndrias: a casa das máquinas, os pequenos motores ou as baterias que produzem a energia para as células. Mas nem todos nós estamos realmente cientes de como funcionam e o que representam para a nossa saúde e bem-estar.
O verdadeiro segredo para a qualidade de vida e longevidade está na energia que é gerada e usada em nós, pelo que se quisermos prevenir e reverter as doenças crónicas modernas, precisamos conhecer as nossas mitocôndrias.
O que são as mitocôndrias?
As mitocôndrias são organelos produtores de energia que residem em todas as células humanas, excepto nos glóbulos vermelhos. A energia que produzem é utilizada pelas nossas células para realizar os vários processos que contribuem para a vida. Sem as mitocôndrias, organismos eucariontes complexos, como nós, não existiriam.
Cada célula pode conter centenas ou mesmo milhares de mitocôndrias. As células cerebrais e cardíacas são aquelas que têm mais mitocôndrias. As células adiposas ou os neurónios não precisam de tantas. O corpo humano tem aproximadamente 100 quadriliões de mitocôndrias, cerca de 30% do nosso peso.
Se uma célula não estiver a receber a energia suficiente, mais mitocôndrias podem ser criadas. Às vezes, uma mitocôndria pode crescer ou combinar-se com outras mitocôndrias, tudo depende das funções metabólicas da célula.
A origem das mitocôndrias
As mitocôndrias são descendentes de bactérias especializadas que, de acordo com a teoria endossimbiótica, de alguma forma invadiram as células e começaram a comportar-se como as suas fontes de energia.
Acredita-se que as bactérias passaram a viver nas células de vida mais complexa há 650 milhões de anos. Primeiro, como cloroplastos nas plantas. Depois, como mitocôndrias nos animais, 50 milhões de anos depois.
Terá sido provavelmente no cloroplasto vegetal que se formou a parceria entre as células e as mitocôndrias, que durante milhões de anos interagiram na água sob o poder da luz solar. O resultado dessa parceria foi o aparecimento relativamente súbito da espécie animal (explosão cambriana) e a forma como hoje utilizamos a luz, a água e o magnetismo através das mitocôndrias.
O combustível das mitocôndrias
O paradigma comum diz que as mitocôndrias precisam de comida, na forma de hidratos de carbono, gorduras e proteínas, para produzir energia para as células. Todavia, a comida é apenas uma das formas de combustível utilizadas pelas mitocôndrias. Na verdade, toda a comida que ingerimos é reduzida a eletrões e protões, que são separados e alimentados através da cadeia de transporte de eletrões (CTE) das mitocôndrias.
As mitocôndrias funcionam como uma espécie de antenas internas do corpo, que procuram eletrões no seu meio ambiente para os transformar em energia. Para além da comida, também a luz (fotões), a água (densidades de hidrogénio) e o magnetismo (frequências eletromagnéticas) são formas de combustível para as mitocôndrias.
As doenças do mundo moderno
As doenças crónicas que conhecemos hoje surgiram na sua grande maioria no século XX e aumentaram exponencialmente nas últimas décadas. Atualmente, mais de metade da população portuguesa tem pelo menos uma doença crónica e o mais assustador é que esta surge cada vez mais cedo na vida das pessoas. As doenças que eram consideradas de idosos na década de 1950 são agora diagnosticadas em crianças e jovens adultos, sendo que é cada vez mais frequente sabermos de alguém próximo, ou conhecido, que está doente.
Seguem alguns exemplos dessas doenças:
- Hipertensão arterial
- Enfarte agudo do miocárdio
- Acidente vascular cerebral
- Disritmia cardíaca
- Diabetes
- Obesidade
- Insuficiência renal crónica
- Asma
- Doença pulmonar obstrutiva crónica
- Dor crónica
- Osteoporose
- Artrite reumatoide
- Artrose
- Cancro
- Úlcera gástrica ou duodenal
- Depressão
- Ansiedade
- Doenças mentais
- Suicídio
- Demência
- Alzheimer
- Parkinson
- Esclerose múltipla
- Autismo
- PHDA
- Infertilidade
- Miopia
- Acne
- Psoríase
- Alergia
Todas estas doenças são doenças epigenéticas, não doenças genéticas. São doenças que se desenvolvem quando existe uma incompatibilidade ambiental entre a nossa espécie e o estilo de vida que levamos. Infelizmente, os seres humanos afastaram-se muito daquilo que é o seu habitat natural, sendo que hoje em dia a maioria das pessoas já não tem consciência do que é uma dieta ou estilo de vida natural.
O nosso estilo de vida mudou radicalmente após a invenção da rede elétrica e luz artificial, em 1879. As pessoas que trabalhavam ao ar livre passaram a trabalhar em locais fechados, e começaram a iluminar as suas casas e ruas durante a noite.
Os primeiros casos de neurodegeneração foram descritos na literatura em 1901. O autismo nem sequer foi descrito na literatura até a década de 1940, sendo que hoje, segundo dados divulgados em 2020 nos EUA, uma em cada 54 crianças tem autismo. Algo terrível está acontecer e a maioria destas crianças não vai crescer para se tornar médico ou cientista, muitas delas nunca viverão de forma independente.
O cancro era raro antes do século XX e agora é a principal causa de morte na maioria dos países ocidentais. Após a invenção da comunicação por radiofrequência, a doença em humanos disparou de forma acentuada. As últimas décadas mostraram um aumento sem precedentes no declínio da saúde humana, e muito graças às torres de telefone móvel e Wi-Fi nas nossas casas, locais de trabalho e locais públicos.
Depois dos acidentes rodoviários, o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 29 anos de idade. Os ataques cardíacos em jovens adultos quase duplicaram nos últimos 20 anos. A diabetes, a depressão e a obesidade são cada vez mais comuns em todas as idades. Há cada vez mais mulheres com dificuldade em engravidar, e a contagem e a qualidade do esperma dos homens mais novos é cada vez menor. As doenças neurológicas e auto-imunes também estão em alta e nem mesmo nos países mais desenvolvidos em cuidados de saúde estas tendências parecem abrandar.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde em 2018, as doenças crónicas são responsáveis por 71% das mortes no mundo. Em Portugal por 86% e no Brasil por 74% dos óbitos. É uma nova epidemia devastadora e, apesar do aumento dos custos com a saúde, os sistemas de saúde parecem ser incapazes de impedir o declínio da saúde pública.
A principal causa de doenças epigenéticas: disfunção mitocondrial
As nossas células possuem dois tipos de ADN: o ADN nuclear (nADN) que está no núcleo das células e o ADN mitocondrial (mtADN) que está nas mitocôndrias.
O ADN nuclear é aquele que herdamos de ambos os pais e explica, por exemplo, a cor da nossa pele, olhos, cabelo, ou quão altos somos. O ADN nuclear é bastante estável em comparação ao ADN mitocondrial e as verdadeiras doenças genéticas nucleares, tais como a síndrome de Down ou fibrose cística, são razoavelmente raras.
Pensa-se que as doenças genéticas nucleares são causadas por padrões genéticos defeituosos ou alterados, sendo que muitos dos seus distúrbios resultam de alterações genéticas que estão presentes em todas as células do corpo. Por esse motivo, afetam vários sistemas do corpo e a maioria não pode ser curada. O ADN nuclear humano mudou muito pouco nos últimos 100.000 anos.
O ADN mitocondrial é completamente diferente do ADN nuclear e quando alterado os seus efeitos podem ser encontrados em doenças epigenéticas ou mitocondriais. O mtADN é herdado apenas da nossa mãe e por esse motivo é bastante útil na rastreabilidade da história genética das espécies.
De um modo geral, o mtADN deteta os sinais ambientais e altera o metabolismo celular em resposta a esses sinais. Quando os sinais são naturais, a célula cresce adequadamente. Quando não são naturais, a célula fica doente. As mitocôndrias conseguem detetar células doentes e reciclá-las por autofagia ou substituí-las por apoptose quando os ritmos circadianos são funcionais. Quando os ritmos circadianos não são funcionais, as células doentes permanecem e o mtADN acumula mutações conhecidas como heteroplasmia.
As mitocôndrias comunicam com o núcleo da célula para controlar a expressão genética. A expressão genética nuclear aumenta em tempos de crescimento e de doença com base no fluxo de eletrões ao longo da CTE. Todos os genes nucleares têm um gene CLOCK que liga os ritmos circadianos à expressão do gene nuclear. É assim que os sinais ambientais resultam em alterações epigenéticas.
O que produz realmente a mitocôndria?
Em biologia, aprendemos que as mitocôndrias produzem o ATP (trifosfato de adenosina). E que o ATP é a “energia” para as células. Mas este conceito pode não estar totalmente correto ou muito bem descrito no ensino educativo. Na verdade, as mitocôndrias utilizam os fotões, os eletrões e os protões do metabolismo dos alimentos e da luz solar para produzir três coisas importantes para a célula:
- ATP;
- Água, que tende a ser livre de deutério (um isótopo de hidrogénio) e;
- Luz infra-vermelha (calor).
O ATP é utilizado para desdobrar os locais de ligação da água nas proteínas. A água livre de deutério (DDW, do inglês Deuterium Depleted Water) é utilizada para hidratar as proteínas e superfícies hidrofílicas dentro da célula. E a luz infra-vermelha (IR, na sigla em inglês) é absorvida pela DDW para formar uma zona de exclusão (EZ, na sigla em inglês) de eletrões e protões ou é libertada sob a forma de calor livre.
Esta DDW absorve a luz IR e forma uma estrutura de cristal líquido – conhecida pelo trabalho do Dr. Gerald Pollack como água estruturada (H₃O₂), água EZ ou ainda como a quarta fase da água (entre o estado sólido e líquido) – em torno das coisas nas células para transmitir energia e informação através dos eletrões e protões em redor da célula.
Os eletrões carregam os fotões e estes são a fonte de energia e informação para a célula. Os fotões da luz solar variam diária, mensal e sazonalmente e são essas informações que as nossas células utilizam para criar os ritmos circadianos. Os ritmos circadianos controlam as hormonas, o crescimento e o metabolismo celular. Quanto mais ATP e água EZ as nossas mitocôndrias puderem produzir, mais saudáveis nós seremos. As duas fontes de eletrões e protões nos alimentos são as gorduras e os hidratos de carbono, mas as gorduras produzem muito mais ATP, DDW e luz IR do que os hidratos de carbono.
Quando as mitocôndrias diminuem a sua produção de ATP e DDW, as células ficam desidratadas e os sinais de inflamação são enviados por espécies reativas de oxigénio (ROS, na sigla em inglês), mais conhecidos como radicais livres. Esses sinais levam à reparação e substituição de células quando os ritmos circadianos estão a funcionar corretamente. Quando esses sinais são crónicos e o sono não é adequado, a doença manifesta-se.
O ambiente e estilo de vida modernos
Imagine que tem um rebanho de ovelhas e que adotou uma nova prática de pecuária que consiste em mantê-las dentro de um estábulo, debaixo de luz artificial dia e noite e nunca as deixa sair para o exterior. Enche o estábulo de Wi-Fi e Netflix, dá-lhes para beber água fluoretada e para comer uma nova ração artesanal para ovelha derivada de óleo de canola e soja geneticamente modificados. Quanto tempo acha que levará até que as ovelhas comecem a mostrar sinais de inflamação e doença? Vai questionar o ambiente em que elas vivem? Ou vai simplesmente pagar pelos medicamentos e tratamentos associados?
Hoje, os sinais eletromagnéticos dominantes não são naturais. As pessoas vivem a maior parte do seu tempo em locais fechados onde são expostas à luz artificial dia e noite e à poluição eletromagnética da rede elétrica, comunicações, radar, TV, microondas e radiofrequência. As pessoas são aconselhadas a evitar o sol e por esse motivo não podem produzir as hormonas diárias que precisam para ter bons ritmos circadianos. Isso destrói o sono, as mitocôndrias e cria novas doenças.
Nos últimos anos, pesquisadores da mitocôndria, como o Dr. Doug Wallace da Universidade da Pensilvânia e Hospital Infantil de Filadélfia, mostraram que mais de 85% de todas as doenças do mundo ocidental moderno são devidas a mutações no mtADN e não a falhas no ADN nuclear. A heteroplasmia é a acumulação de danos na função mitocondrial e no mtADN, que se acumulam naturalmente com o envelhecimento e também em resposta a ritmos circadianos corrompidos e a campos eletromagnéticos (CEM) não nativos. Por outras palavras, a heteroplasmia é o nome que se dá quando as mitocôndrias não produzem a energia que deveriam produzir.
Os pesquisadores mostraram que a heteroplasmia mitocondrial aumenta 10% a cada 10 anos. É por isso que é aconselhável procriar quando se é jovem, porque a cada década que passa, maior é a probabilidade de ter filhos abaixo do ideal, mesmo que a mãe seja saudável. Além disso, também mostraram que o mtADN é mais concentrado nos tecidos cerebrais, oculares e cardíacos, sendo precisamente os locais exatos onde a maioria das doenças está a ocorrer. Será apenas uma coincidência ou uma causalidade, as mitocôndrias estarem a ser danificadas pelo nosso estilo de vida moderno? Poderão as nossas exposições diárias à poluição de luz artificial e eletromagnética ser um catalisador para a doença?
A mutação mitocondrial pode ocorrer naturalmente em pequenas quantidades, como um sinal para as mitocôndrias se adaptarem a um ambiente em mudança (hormese). Porém, o nosso ambiente atual não fornece os sinais apropriados para que elas se adaptem de maneira eficiente às mudanças. O ambiente moderno está a destruir a nossa capacidade de produzir energia e quando a mitocôndria perde energia por um determinado período de tempo, chamamos a isso doença.
A prescrição para a disfunção mitocondrial
A melatonina é a hormona que mantém uma boa saúde mitocondrial. É produzida pela luz solar da manhã através dos nossos olhos e pele e é segregada à noite depois de três a quatro horas de escuridão quando estamos a dormir. A luz artificial à noite inibe a melatonina e isso destrói o sono regenerativo quando as mitocôndrias se reciclam e substituem, assim como as células onde vivem. Quando os níveis de melatonina são muito baixos, esta não consegue penetrar as membranas mitocondriais para realizar a reparação. É por isso que o sono é o processo mais importante para a saúde, e a luz a terapêutica mais poderosa.
O nosso corpo é programado com várias formas de contornar situações indutoras de doença. A hormese e a adaptação mitocondrial, por meio da mutação, são concebidas para nos ajudar a sobreviver através de pequenas e grandes mudanças, sendo que à noite o nosso corpo cura-se profundamente com a autofagia. A autofagia é um mecanismo natural e regulado da célula, que desmonta os componentes desnecessários ou disfuncionais. A autofagia permite a morte celular programada e ordenada (apoptose) e a reciclagem de componentes celulares que podem ser reutilizados para reabastecer o sistema onde as células estiverem mais necessitadas ou simplesmente a passar pelo processo regular de vida e envelhecimento.
Mas a autofagia precisa do sono para funcionar (há evidências que o jejum prolonga a autofagia, mas ainda é preciso o sono para iniciar o processo), e o sono precisa da melatonina para funcionar, e a melatonina precisa de luz e do escuro na hora certa do dia para funcionar, e a luz apropriada é necessária para carregar a bateria de água produzida pelas mitocôndrias, e as mitocôndrias precisam de eletrões para funcionar, e os eletrões são os sinais do nosso ambiente.
Considerações finais
Hoje, as pessoas pensam que somos muito avançados em termos de conhecimento e tecnologia, mas as estatísticas mostram que estamos com problemas de saúde profundos. Estamos a evoluir e a caminhar para a sexta extinção e o pior é que a maioria das pessoas não tem ideia que está a ser cozinhada lentamente numa panela de radiação de microondas e luz artificial. Será que devemos continuar a tomar drogas farmacêuticas e a navegar pelas redes sociais toda a noite?
Não me parece. E o segredo é simples: para prevenir e reverter as doenças crónicas do mundo moderno precisamos focar-nos no ADN mitocondrial e não apenas no ADN nuclear. Precisamos limitar a nossa exposição a toxinas e frequências eletromagnéticas não nativas e, o mais importante, reconectarmo-nos com as energias curativas da natureza, não com a Netflix. A nossa pele é um painel solar para a luz do sol, e, contrariamente ao que nos dizem, o sol não nos faz mal, a luz artificial sim.
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